"Um grande dom para a humanidade ... mas são igualmente grandes excluídos por não deixá-los nascer", explicou, ressaltando que "são em si uma riqueza para a humanidade e para a Igreja, porque eles nos lembram constantemente à condição necessária para entrar no Reino de Deus: de não considerar-nos autossuficiente, mas necessitados de ajuda, de amor, de perdão. E todos nós estamos precisando de ajuda, amor e perdão... todos!". "Primeiramente as crianças - disse - nos lembram que todos, nos primeiros anos de vida, estávamos totalmente dependente dos cuidados e da benevolência dos outros. As crianças - continuou - nos lembram uma outra coisa: que somos sempre filhos, mesmo que uma pessoa se torna um adulto, ou ancião, mesmo que se torne um pai, se ele ocupa uma posição de responsabilidade, de acordo com tudo isso permanece a identidade de filho. Somos todos filhos. E isto sempre nos traz de volta para o fato de que a vida não nos foi dada, mas nós recebemos."

 

Além disso, há muitas riquezas que as crianças trazem para a humanidade: por exemplo, a maneira como eles veem a realidade, com um "olhar confiante e puro. A criança tem uma confiança espontânea no pai e na mãe; tem uma relação de confiança espontânea em Deus, em Jesus, na Virgem Maria. Ao mesmo tempo, o seu olhar interior é puro, ainda não contaminado pela malícia, da duplicidade, da "encrostamento" da vida, que endurecem o coração. Sabemos que as crianças têm o pecado original, que têm o seu próprio egoísmo, mas mantêm a pureza e simplicidade interior." "As crianças trazem vida, alegria, esperança, mesmo problema. Mas, a vida é assim. Certamente - disse Francisco - eles também trazem preocupações e, por vezes, muitos problemas; mas é melhor uma sociedade com estas preocupações e esses problemas, que uma sociedade triste e cinza porque se manteve sem crianças".