Em várias ocasiões, o Papa Francisco dirigiu suas palavras aos pais, recordando o plano de Deus e como ser fiel à sua Palavra. Nesta quarta-feira começa e termina citando a conhecida Carta aos Colossenses (3,20-21). "filhos obedecei a vossos pais, porque isso agrada ao Senhor, pais não exasperem vossos filhos para não desanimá-los."
Entre a obediência e como educar na virtude da obediência, o Papa cita uma anedota pessoal para lembrar um papel insubstituível dos pais: educar aos filhos. Ele observou que hoje em dia o pacto educativo que a família tem considerando o papel da sociedade civil está rompido. Simplesmente porque se constata uma dura realidade, a dos "especialistas" que romperam em educação substituindo o trabalho dos pais. Tanto estudaram esses "Profissionais da Educação", que agora são os país que precisam ser consultados por todos os especialistas. Em alguns países os mesmos pais podem ser levados à justiça por não ouvir. Ou seja, o Papa está advertindo sobre a questão social de proporções mundiais e consequências catastróficas no médio e longo prazo. Teremos filhos de um sistema que não os educou e de uma família que não assumiu o seu papel indispensável.
Dedicou uma palavra especial aos pais que por várias razões vivem separados. Sem condenar esta situação, sua insistência foi muito clara e repetiu três vezes: Nunca, nunca, jamais usar o filho como refém para falar mal do outro.
Lembre-se também o caso grave das famílias que se centram sobre a vida de trabalho para poder chegar a ter exigências cada vez maiores que as coisas materiais que necessitam seus filhos e todo o amor parece se concentrar em dar coisas. O Papa nos lembra que a coisa mais importante é dar tempo e exemplo.
Quando ele falou com ênfase que os pais devem ser os principais autores da formação de seus filhos, ele insistiu que não devem delegar a sua principal vocação. Cito textualmente: "Intelectuais" , “críticos” de todo tipo, têm silenciado aos pais de mil maneiras, para defender as novas gerações de danos reais ou pressupostos da educação familiar. A família foi acusada, entre outras coisas, de autoritarismo, de favoritismo, de conformismo, de repressão emocional que cria conflitos." E nós então perguntamos até que ponto a família se sente acusada por uma sociedade que coloca tudo sob rigores científicos pode deixar-se conduzir e sentir-se "culpável" por viver na tensão entre carinho e a exigência.
Eu tive que aprender sobre as experiências onde há uma verdadeira aproximação da família através da oração, e é talvez lá, quando praticada que se vislumbra um verdadeiro desenvolvimento das experiências de valores e suas consequências: as vidas virtuosas. Papai e mamãe, retomem o tempo para rezar com os seus filhos, isso é o que permanecerá para sempre.
As palavras que terminam a sua catequese não pode ser explicada, somente com o que ele mesmo disse. Mas eu quero enfatizar algo muito importante, o "exílio" em que muitos pais fugiram para evitar ter de lidar com a educação de seus filhos, especialmente em questões que lhes tocam diretamente. Pais e mães que estão inseguros, voltem do exílio para cuidar de seus filhos decepcionados:
"Desejo que o Senhor dê às famílias cristãs a fé, a liberdade e a coragem para a sua missão. Se a educação familiar é o orgulho de seu protagonismo, muitas coisas vão mudar para melhor, para os pais incertos e os filhos decepcionados. É o momento para pais e mães retornarem do exílio, porque eles se auto exilaram da educação de seus filhos, que voltem de seu exílio e assumam plenamente o seu papel educativo. Esperemos que o Senhor nos dê esta graça de não se auto exilar na educação dos filhos. E pode fazê-lo apenas no amor, ternura e paciência".
Hermano Ricardo Grzona, frp
Presidente da Fundação Ramón Pané