Em uma entrevista há alguns dias atrás, a revista espanhola Mundo Cristiano , o cardeal assinala como a "humanidade hoje vive sob enorme pressão das instituições. A nossa vida é regulada do começo ao fim, em nos mínimos detalhes e as possibilidades de controle são praticamente ilimitadas. Evidente que naturalmente quando você está sob pressão, eles procuram uma saída, você tenta não ser forçado a alguma forma institucional. Nesse sentido, muitos preferem abandonar toda e qualquer forma institucional.

Se o casamento e a família são interpretados como uma outra forma de controle, então é natural que muitos desistem."

Para fazer conhecer o rosto humano do matrimônio, sua beleza, sua capacidade inerente de libertar em vez de oprimir, o cardeal propõe o fortalecimento da comunidade de famílias dentro da Igreja, uma verdadeira "diaconia da família para a família: há muitos - observa Sua Eminência - que se casam na Igreja, mas sem uma verdadeira pertença a comunidade dos fiéis. Talvez nem sequer abordaram a questão da fé pessoal. Mas se já durante a preparação para o casamento, por meio de cursos pré-matrimoniais, entrar em contato com uma comunidade de famílias e tornar-se uma amizade, talvez a fé se torne muito forte, mas permanece a amizade com essas famílias. E se a amizade permanece, há esperança de que eles possam chegar à descoberta da identidade católica sacramental do seu matrimônio."