O secretário geral do Sínodo dos bispos, cardeal Lorenzo Baldisseri, o prior de Bose Padre Enzo Bianchi e a professora de filosofia da Universidade de Roma Sapienza Claudia Mancina, participaram no dia 16 de novembro de 2015, na sede do Osservatore Romano, a uma mesa redonda sobre a família, coordenada por Lucetta Scaraffia. Nesta ocasião estavam presentes o diretor Giovanni Maria Vian, o teólogo Pe. Maurizio Gronchi, a irmã Catherine Aubin, Giulia Galeotti, Ir. Rita Mboshu Kongo e Silvina Pérez, da seção «donne chiesa mondo».
“A pastoral – disse o cardeal Baldisseri – se encarrega da formação dos jovens, os acompanha para uma resposta alegre e plena à vocação conjugal e familiar, sustenta os recém casados nos primeiros anos de matrimônio, cuida particularmente daqueles que vivem a dolorosa experiência do fracasso, os ajuda a sentir a paróquia como sua própria casa e lugar de missão. As instituições públicas deveriam ocupar-se mais da família, isto significa: promover políticas de sustento e de superação da precariedade econômica, favorecer o acesso à educação, a vida cultural e a vida social ativa”.
Sobre a família atual, abordou Claudia Mancina, falando a respeito do “resultado de uma evolução estreitamente ligada com a evolução das relações sociais e dos direitos individuais; que todavia ainda pode mudar, como de fato está acontecendo; e a lei necessariamente intervém para regularizar esta mudança. Hoje é em curso uma grande transformação vinculada a mudança do papel da mulher, transformação em ato que atinge não só os Países ocidentais. Uma outra grande alteração é o prolongamento da vida humana, pela qual a família não dura mais por toda a vida. Sou contrária ainda, em usar o conceito de individualismo, com uma concepção puramente negativa: o individualismo não está contra a família, não mete a família em segundo plano. O verdadeiro e grave problema é o narcisismo”.
Sobre o “Matrimônio como uma ‘história de amor’ que requer fé-confiança” pronunciou o Prior Bianchi explicando que “por isso os dois cônjuges no início se chamam ‘noivos’, isto é, pessoas que colocam fé-confiança no outro em vista de uma aliança, e o sinal desta ligação nupcial, o anel, se chama ‘fé’. Atualmente o caminho matrimonial é ameaçado pela falta desta fé-confiança no amor; na vida, no futuro. Hoje mais do que nunca, se pede a Igreja, uma coisa simples porém decisiva: ensinar a vida cristã, ensinar a pensar e a colocar-se perguntas. Não bastam os cursos pré-matrimoniais, porque o problema é educativo: o que falta nas novas gerações é uma gramática humana. Quem educa, portanto, pode fazer muito, tem um terreno amplo sobre o qual se pode trabalhar”.
O texto integral da mesa redonda, publicado hoje no dossiê Família do Osservatore Romano, é disponível neste link:
O texto integral 
